Considero-me uma trintona média, logo, representativa da Classe... mas posso estar enganada...

28
Set 10

 

 

Hoje, ao contrário do habitual, começo pelo título. Hoje, como de costume, não percebo os homens. E os que percebo, a parte que compreendo... não me agrada nadinha. Não é nada comigo, mas não me agrada. Vejo muito passado, tenho um vislumbre do futuro, e não gosto.

 

Tudo começou há umas semanas, em frente a um café com natas, quando oiço as dúvidas de um amigo de longa data sobre a confiança da mulher nele. Se ela terá um amante. Dá-me vontade de gritar "Parece-me que sim e voto para que seja verdade!", mas calo-me e oiço-o. Quando a paciência acaba e o confronto com a pergunta "Há quanto tempo dura ESTA relação extra-conjugal", que sei que ele tem, ele responde-me "5 anos". Apetece-me dizer asneiras mas visto o papel de amiga e digo o que acho correcto dizer.

 

Num jantar de gajas tenho conhecimento que uma delas tem 3 casais amigos que se estão a separar. Elas fartaram-se da infantilidade, do egoísmo sem fim, da falta de companheirismo e puseram-se ao fresco. Nós próprias somos um excelente exemplo disto. Só uma de nós tem uma relação que parece vender saúde. De resto há de tudo. Há quem esteja na ressaca de várias más separações e só quer é curtir (acreditem, a expressão que usámos não pode ser aqui colocada!), há quem esteja só porque não lhe agrada as opções, há quem esteja à beirinha de um ataque de nervos com direito a separação, há quem esteja a suportar coisas loucas para manter qualquer coisa, vem o fantasma da violência conjugal...  Parece que vem aí o fim-do-mundo...

 

Num simpósio um colega confidencia que ia dando cabo da vida dele com um caso. Não fiz perguntas, como não costumo fazer... Uns dias depois diz-me que quer falar comigo, que precisa de se confessar (logo a mim?!) mas que precisa de tempo. Olho para ele a pensar se está a gozar e tem os olhos molhados. Casado há uns dez anos: "Preciso de me divorciar".

 

Será que a taxa de divórcio ainda é de 50%? Acho que andam a fazer mal as contas. Se a taxa de casamentos é tão baixa, devíamos conseguir fazer uma estatística que incluísse as uniões de facto também.

 

 

 

 

publicado por Trintona(inha) às 21:30
música: Tudo de Novo - Klepht http://www.youtube.com/watch?v=f-PmDS
sinto-me: Bem!

05
Set 10

 

Hoje pretendo escrever sobre dois assuntos distintos, mas que acabam por estar interligados.

 

Em Mallorca estive perdida. O meu gaydar, tão bem programado para a realidade portuguesa, esteve completamente avariado. Homens depilados, guapíssimos,  de sunga, em grupos... Em Portugal só podia querer dizer uma coisa. Mas, aprendi eu, se os moços falarem italiano, ou alemão, ou inglês... A coisa não é bem assim. Nunca vi tanto gajo giríssimo numa praia só.

 

Como diria um brasileiro que conheci em tempos: "Tanto lanchinho dando sopa por ali e eu de dieta!"

 

E... Os homens portugueses perceberam finalmente que as mulheres já não gostam de tapetes. Esses são para ter no chão das casas... e mesmo assim!!! Ter cinco belos exemplares da profissão "mais macha" do país a discutirem, à minha frente, como é que fazem a depilação das costas ou do peito (sim, e de outras partes também!!! :-o )... Preço? Incalculável!

 

Obrigada. O meu mais encarecido obrigada a todos(as) os(as) responsáveis por esta nova realidade!!!

publicado por Trintona(inha) às 21:21
sinto-me: Bem!
música: Momento final - Santos & Pecadores

20
Mar 10

 

Está a fazer, precisamente por esta hora, dois anos que entrei nesta casa com a sensação notória que tinha menos uns bons kilos em cima dos ombros. Nunca me hei-de esquecer, nem que viva cem anos mais, do momento em que entrei na cozinha, fechei os olhos e pensei "Não mais discussões, não mais desconfianças, não mais guerras, não mais fechar os olhos". E senti-me, novamente, feliz.

 

Têm sido dias conturbados, alguns, mas todos eles de muita independência. Um casamento não é aquilo. Um casamento deve ser partilha, amor, paixão, confiança, apoio, suporte... E recíproco, em tudo...

 

Por isso, acabou.

As comemorações começaram ontem e ainda não acabaram...

 

 

publicado por Trintona(inha) às 16:30
música: James Morrison - you give me something
sinto-me: Super!

03
Nov 09

 

Hoje apercebi-me que, para uma mulher (ou homem, tanto faz e estas questões de género andam aqui muito fresquinhas) que aprecia ver homens engravatados com ar inteligente, o Vasco da Gama, em hora de almoço, aos dias de semana é o paraíso...

publicado por Trintona(inha) às 23:33
sinto-me: High!
música: The only one - Gun (but you're wrong, u r)
tags:

23
Out 09

 

É dose receber o convite daquele homem que nos faz vir as lágrimas aos olhos e recusar.

 

É dose ouvir a boazona da turma chamar-nos "babe".

 

É dose passar duas horas a olhar para a Prof., tentar ouvir o que ela está a dizer quando tudo o que se consegue imaginar é o quão explosiva ela deve ser na cama, como é que ela ficará despida e porque é que até nem é uma mulher com uma beleza convencional por aí além mas que me prendeu a atenção desde o primeiro dia.

 

E o duro é fingir indiferença perante tudo isto, dado que as companheiras de caminhada académica não sabem nada destas minhas maluquices...

publicado por Trintona(inha) às 00:22
música: She wolf - Shakira
sinto-me: Tentada!

26
Ago 09

 

Um dos livros que li nas minhas férias continha cinco frases como guideline´s para uma vida melhor. Mais feliz.

 

Uma delas, a que eu considero a mais proveitosa, ao fim de algum tempo de treino, implica deixarmos de nos preocupar com coisas que não valem a pena. Quantas vezes fazemos uma tempestade num copo d'água? Quantas vezes nos preocupamos horas a fio, ficamos até deprimidos com algo que nunca chega a acontecer? E até que ponto adianta fazermos futurologia quando, na maior parte dos casos, nada podemos fazer para prevenir ou mesmo minimizar os estragos?

 

Pois é. Deixei de o fazer. Ou melhor, às vezes ainda me preocupo, mas evito ao máximo. E até já consigo mesmo, depois de uma fase inicial, não pensar mesmo. É bom, liberta-nos o pensamento para questões mais proveitosas. E também nos traz a fantástica capacidade de curtir mais o presente.

 

Relacionado com este livro, com outros e com outras vivências, voltei a acreditar no amor. De certa forma, no amor tal como acreditava nele na adolescência. Voltei a acreditar que é possível duas pessoas quererem dividir o dia-a-dia, envelhecer ao lado uma da outra, ver os filhos e os netos crescerem. Acredito que é possível quererem, tal como acredito que todas as leis universais das probabilidades estão contra essas pessoas. Daí ser tão especial isso acontecer, bem assim como tão raro...

 

Mas ao menos, pelo meu bem e das duas criaturas que se encontram a meu cargo, pois será nos exemplos que eu dou que um dia eles se verão, voltei a acreditar que é possivel.

publicado por Trintona(inha) às 18:55
música: Halo - Beyoncè
sinto-me: Muito bem!

14
Ago 09

 

Adoro música. Penso que a vida não seria a mesma sem música. Os meus tipos de música favoritos são muito mainstream, nem tenho pretenções a ser "chique" na música que oiço. E, embora leia, ouça e fale bem o inglês, muitas vezes só entendo completamente o que oiço quando abro um site de letras e leio com tranquilidade os versos da música.

 

E duas das cantoras que muito me surpreenderam hoje foram a Shakira, com o seu "She wolf" e a Beyoncè, com o "Single Ladies". São duas canções que mostram duas mulheres que vão em busca de algo diferente quando o que têm não lhes dá a atenção devida.

 

Fossemos todas assim e todas tivessemos coragem de o assumir. Teríamos menos problemas no mundo. Ou talvez outros diferentes.

publicado por Trintona(inha) às 15:08
música: Shakira - She Wolf
sinto-me: Bem e em paz

11
Ago 09

 

É bom ter bons amigos. Bons amigos podem ser aqueles que perguntam "Estás bem?" e se nós respondemos "Óptima" com umas olheiras até ao queixo e os olhos inchados, respeitam essa ausência de vontade de falar sobre o assunto. Ou podem ser aqueles que metem o dedo na ferida. É bom ter das duas opções. E é bom que a segunda opção seja um amigo mesmo.

 

O que se tem revelado ultimamente um amigo do segundo género fez-me uma das mais complicadas perguntas que me têm feito. Aliás, toda a gente resolveu fazer-me perguntas deste género ultimamente. Mas é bom. Para me fazerem pensar. Eu não digo que são amigos?!

 

"Sentes-te completa?"

 

Que pergunta. Sim, sou feliz. Tenho muitos momentos de felicidade, mesmo que esteja sozinha, a contemplar o mar, ou em casa, a arrumar algo, ou a ler um livro, ou a tomar um café numa das minhas esplanadas-vício. Se me sinto completa. Que raio de pergunta. Eu tento fugir, pergunto-lhe se ele se sente completo. Ele é mais forte do que eu pensava, diz-me que não mas não me deixa fugir à pergunta. "Ok, és feliz, mas sentes-te completa?"

 

Fiquei uns dias a pensar na questão, talvez não a querendo encarar de frente. E hoje, volta à carga. Pergunto-lhe o que é isso de ser completa mas dou-lhe a resposta. Tenho os filhos que sempre quis ter, tenho uma casa que adoro, tenho uma profissão que gosto de exercer e que está a tomar o rumo que sonhei para ela durante 12 anos, tenho um carro que não é nada de fantástico mas que não me deu problemas até hoje, tenho uma personalidade que me agrada, um corpo que aprendi a aceitar e a melhorar, bons amigos e amigas... Sei o que me falta para me sentir completa. Mas por um lado, acho que é impossível de obter. Por outro, custa-me abrir a boca e proferir as palavras em que tentei nem pensar durante tanto tempo: falta-me um verdadeiro companheiro de vida. E ele acrescenta: "Mereces alguém que te ajude nos momentos maus, que divida contigo os bons, que te ajude a criar os teus filhos, que te dê amor..."

 

Eu aceito. Aceito mas não acredito. E agora fico com vários problemas a braços.

 

O primeiro é o de não aceitar uma relação em que não há confiança. Vejo o meu passado, olho à minha volta, vejo as minhas amigas e colegas e não vejo um homem, um, capaz de respeitar, de ser leal, de ser fiel à "companheira de vida". O próprio que profere estas palavras está longe de o ser também.

 

O segundo é que, se aceito esta filosofia de vida para mim (e reparo que depois de consciencializar isto não me restará muita escolha) não tenho saída. Quero um "companheiro de vida" para mim. Não aceito um que não me seja leal. Não acredito em "companheiros de vida leais para sempre". Como faço?

 

O terceiro é que esta postura vai obrigar-me a repensar muito do que se passa na minha vida actual. O que até agora tem sido o suficiente vai deixar de ser. Mas não vai poder esticar até ser o que eu preciso. Segundo as palavras de dois bons amigos, o que eu mereço. Tinha o título do post guardado no meu email desde o dia 22 de Junho, que é um excerto de MSN. Sabia o que queria dizer mas não queria encarar os factos. Dói. Dá vontade de chorar. Era tão bom que os problemas simplesmente se afastassem e não me tentassem mais. Mas ia doer na mesma. Eu sabia no que me estava a meter. Não quis ver.

 

publicado por Trintona(inha) às 21:52
música: Keane - Bend and break
sinto-me: Triste...

05
Jun 09

 

E pronto, ao fim de umas semanas (as minhas desculpas a quem isso possa ter afectado :) cá estou eu outra vez a escrever mais umas bacoradas...

 

Hoje foi um daqueles dias em que vários motivos para escrever um post se me atravessaram à frente, mas escolhi um dos que ainda me lembro.

 

Ao folhear uma brochura, encontrei um nome de uma amiga, que conheci ainda solteira. O namorado foi viver com ela, decidiram mudar de casa, casaram, tiveram um filho, baptizaram o filho. Ironia do destino, ligou-me há minutos a convidar para uma festa. Mas, voltando ao meu "motivo", foi a surpresa com que dei por mim a achar um gesto de amor encontrar a designá-la, 3 nomes. O dela, o de família e o do marido. E digo surpresa porque passei uma vida inteira a achar que era uma estupidez adoptar o nome do marido. E, mea culpa, a achar uns bananas os homens que adoptam os nomes delas.

 

Como sempre, escrever sobre o que sinto ou penso, é uma catarse para o meu cérebro. Só agora reparei que, nas últimas semanas, acho que o marido dela é extremamente parecido com alguém que me diz muito. Talvez se deva a este facto estes meus inovadores sentimentos. Ou não.

publicado por Trintona(inha) às 20:14
música: Choose Love -Rita RedShoes
sinto-me: Confusa!

02
Mai 09

Colombo at night.

 

Eu, alone, banho-de-loja...

 

Passo no corredor da minha sapataria favorita, e vejo um dos seus funcionários cá fora, creio que ao telemóvel. Moreno, alto, corpo no ponto, "farda" justa q.b, que consiste em calça preta e camisa cinza. Uns 25 anos, no máximo. Uma cara de cortar a respiração.

 

Entro, amo os sapatos, fico parva a olhar para alguns deles. Pego mesmo em alguns, vejo o preço e penso o quão doida tinha que estar para dar o preço de alguns pares, por mais lindos que sejam. Sinto um casal de ciganos com 3 miúdos a ver também. Sinto que está um dos funcionários também a atendê-los.

 

Nota: os donos da ALDO são muito espertos: põem rapazes extra-giros a vender coisas de mulher. Mais 5 pontos para eles.

 

Continuo a ver a loja, que me deixa cada vez mais doida. Até os acessórios são de morrer.

 

Até que, junto das malas, oiço uma voz que diz: "Então, não gostou de nada do que viu?"

 

Olho, rezando para que não seja o bonzão, porque não respondo pelos meu actos. Não é. É o tal colega que estava a atender o casal. Menos moreno mas não loiro, alto, igualmente bem feito. Não me chamou a atenção, bem vistas as coisas, porque ainda não tinha olhado para ele. Lindo também. A mesma idade.

 

"Gostei de muita coisa. Muita coisa mesmo"

 

Respondo à provocação, pois que ele olha para mim da forma mais atrevida que deve ter conseguido.

 

"Então, leve o que quiser!"

 

"Era bom que pudesse ser assim"

 

"Olhe, não leve é a loja toda porque preciso de ficar com alguma coisa..."

 

Não consigo fazer mais do que sorrir.

 

"Tenho uma cliente que diz que gostava de levar a loja toda... mas costuma dizer que mesmo que levasse só metade, tinha que tirar alguém lá de casa..."

 

Como só continuo a conseguir sorrir mesmo, ele continua:

 

"Ela costuma dizer que tira o marido."

 

Aí pensei um pouco, pensando se estava a ser demasiado óbvia... mas... What the hell!!!

 

"Esse problema já não teria..."

 

"Ah, já o fez há mais tempo! Fez bem, nós os homens não merecemos!"

 

"Ai merecem sim... Alguns merecem tudo! Depende se se portam bem ou mal..."

 

"Eu às vezes gosto de me portar mal..." (ai, menino...)

 

"Pois, tudo depende do critério..."

 

"Merecemos é estar na cozinha a cozinhar para a mulher..." (ai, a cozinha!)

 

Já não conseguia ver nada do que estava a mexer. Bem vistas as coisas, já nem conseguia raciocinar muito bem... Dei mais uma volta, virei-me para eles e desejei boa noite e bom fim-de-semana...

 

E ele: "Volte sempre!"

 

Encostei-me um pouco cá fora a receber uma chamada e quando olho, eis que saiem os dois... Beber um café, talvez? ;)

 

Como já estava ao telemóvel, só pude piscar-lhe o olho e depois perdemos-nos de vista... Mas se a ALDO sempre me cativou pelos sapatos... A ALDO do Colombo agora está muitos, mas muitos pontos acima...

 

 

 

publicado por Trintona(inha) às 00:26
sinto-me: On top of the world!!!
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