Quando comecei a escrever este blog, tinha (+-) 31 anos. Havia tanta coisa que eu ainda não sabia. Se viver mais três anos, acredito que vou saber muito mais. Fazer 35 não é fácil. Suponho que quando fizer os 40 me vou queixar mais um pouco. Mas hoje pretendo escrever sobre um papel que eu nunca pensei ocupar e que, nos últimos 3 anos, ocupei. Uma vez apenas, mas ocupei.
Eu fui a outra. Durante demasiado tempo.
Sinto necessidade de dizer logo à partida que quando me envolvi com ele não sabia que era casado. Sem aliança, a ficar fora de casa até às 7h da manhã, sem estado civil de "casado" nas redes sociais... enfim. Não sei se fui burra, se não quis ver, mas quando me apercebi já estava apaixonada.
Nunca perguntei o nome dela. Nunca quis saber se tinham uma relação ou apenas viviam na mesma casa, nunca procurei fazer notada a minha presença, como oiço falar que algumas mulheres fazem.
Foi demasiado intenso, foi demasiado bom. Como já aqui escrevi muitas vezes, foi difícil esquecê-lo. Quando oiço uma das nossas milhentas músicas ainda sinto aquele aperto no peito. Saudade, será?
Sempre fui da opinião que a culpa não é do "terceiro elemento", mas sim da pessoa que, tendo uma relação supostamente monogâmica, mente à pessoa com quem está. E para mim, sempre foi tão grave ser casado, como amigado ou namorado. Nunca consegui estabelecer graus de gravidade, com a excepção para a existência de filhos. E eles existiam. Uma.
Assim sendo, como é que eu lido com esta minha história do passado? Tentando aprender com os erros. Tentando viver com a ideia de que não sou perfeita e também cometo erros.
Mea maxima culpa.