Considero-me uma trintona média, logo, representativa da Classe... mas posso estar enganada...

20
Mai 11

 

Quantas vezes não temos paciência para as pequenas tontices dos nossos filhos? Quantas vezes estamos irritados com a nossa vida familiar, laboral, académica, amorosa, social... sei lá que mais... e eles fazem perguntas e nós respondemos com o que nos vem à cabeça? 

 

A mim acontece-me muitas vezes, particularmente no momento que atravesso. Às vezes as perguntas são legítimas, as tontices lá tiveram a sua razão de ser, mas a tampa salta-me com muito mais rapidez do que devia. Por vezes tenho noção disso e tento aligeirar o momento, acredito que por vezes nem me apercebo.

 

Não sei se uma das condições que agrava a situação é o facto de os criar sozinha, sem o pai, já que este só os leva duas vezes por mês... e mesmo assim... Creio que sim, mas claro que tudo depende de mim.

 

O dia de ontem mudou a minha forma de ver a maternidade, da permanência deles na minha vida. Estive à conversa com duas mães que perderam dois filhos. Uma à nascença, por assim dizer, e outra mais tarde. Não adianta tentar perceber qual situação será "mais grave", creio que qualquer mãe o dirá. Não adianta se foi por doença, se foi por acidente, se foi antes de nascer, ou anos depois. Se foi no início da gravidez, ou já no final. Perder um filho deve ser a maior dor que uma mulher pode ter. Tanto que todas as que conheço dirão: preferia morrer eu do que ver algum deles gravemente doente, quanto mais morrer ele próprio.

 

E se sempre que me deparo com estas situações agradeço pelo facto de ambos serem saudáveis, ontem apercebi-me que tomo por garantido algo que não o é de todo: que nunca aconteça nada de mal a nenhum deles. Pensar na morte é sempre algo difícil. Pensar na morte de um dos nossos filhos é algo que nem sequer nos ocorre, ou, se ocorrer, é um daqueles pensamentos que nós arrancamos do cérebro a mil à hora. 

 

Mas pode fazer-nos ser mães/pais melhores. Pode fazer-nos ter mais compreensão, mais paciência, mais tolerância pelas pequenas/grandes tontices feitas pela nossa prole.

 

A minha homenagem a todas as mães que sofreram tamanha perda.

publicado por Trintona(inha) às 09:48
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23
Jan 09

O post de hoje é inspirado em junk mail. Mas não é um junk mail qualquer. É um mail cujo conteúdo não cheguei a vislumbrar, mas cujo título dá que pensar.

 

"E se soubesse o dia da sua morte?"

 

E se? Bom, suponho que, logo à partida, a resposta se divide em dois cenários: tendo em conta que sou uma mulher de trinta anos, digamos que a minha morte se situava nos próximos dois anos. Era um sapo difícil de engolir. Se fosse daqui a vinte, pensava talvez nos meus netos, que, provavelmente, já não conheceria. Se for daqui a quarenta, só desejo que seja algo do foro cardiovascular e não do oncológico, para ser rápido. Já agora, no sono, para eu não me stressar.

 

Mas voltando atrás, porque esta questão é difícil de equacionar é quando é colocada a curto prazo. Curto demais.

 

O que é que eu faria se soubesse que a minha morte chegaria em, digamos, 6 meses. A não ser que fosse uma questão médica e pudesse ficar de baixa, a primeira coisa que desejaria fazer era deixar de trabalhar. Sempre seriam menos sete horas por dia desperdiçadas.

 

Uma questão que me vem à memória de vez em quando, mesmo não sabendo a hora da morte, é a questão da guarda dos meus filhos. Não sei se é difícil deixar isso por escrito, ou se, no caso de haver contestação à minha "vontade", se algum juíz iria tomar sequer em consideração o que eu havia escrito. Mas era uma coisa que faria rapidamente, averiguar isso e tomar medidas...

 

Depois viria a questão material dos meus filhos, verificar os seguros da casa, eventualmente burlar aí uma seguradora qualquer e fazer um chorudo seguro de vida!!! Lamento, mas o sustento dos meus filhos é mais importante do que os lucros de uma qualquer empresa...

 

Por último, mas nem por isso menos importante, viria então aquilo que eu faria, se pudesse, de um ponto de vista material, em relação à minha "farra". Quereria fazer uma última viagem. Onde, dependeria do orçamento... Veneza? Alasca? Amazónia? Não sei... Há tantos sítios lindíssimos que eu não conheço...

 

Curtiria, com toda a certeza, todos os momentos que me são dados, todos os dias, com as pessoas de que gosto ou amo.

 

E porque é que não fazemos isso sempre? Porque assumimos como um dado adquirido a vivência de muitos e muitos mais dias... Mas não podíamos estar mais errados...

publicado por Trintona(inha) às 23:50
sinto-me: Reflexiva
música: Guns n' Roses - November Rain
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