Considero-me uma trintona média, logo, representativa da Classe... mas posso estar enganada...

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Dez 08

 

Serve este post para uma profunda (I wish!) reflexão sobre a influência, o poder da pressão exercida pela sociedade nos modelos sociais. Para o caso, nos papéis masculino/feminino no seio familiar, mas dá para extrapolar para uma série de outras coisas.

 

Ao fim de um dia de trabalho, vejo-me dentro de uma tenda de pano, de brincadeira, com os meus dois filhos. Na necessidade de os entreter por um bocado, porém, cansada, decido brincar "aos pais e às mães"... Imediatamente me deito e anuncio que eu sou o "pai", ela a "mãe" e ele o "filho". Distribuo nomes às personagens... e a primeira pergunta que faço à minha "esposa" é «e o jantar, já tá ou não?!»

 

E, para meu próprio espanto, acrescento... «passei pela tasca, bebi umas bejecas e comi uma sandes de courato!!!»

 

Depois fico a pensar se tento remediar o que, em 20 segundos, "estraguei" ou tento mostrar uma brincadeira mais correcta da próxima vez. Fiquei tão envergonhada comigo própria... tão surpresa... que decidi deixar para depois.

 

Quantas vezes uma criança não pede aos pais um brinquedo "sexualmente oposto" e este lhes é negado? Mais grave... é-lhes explicado que não lhe é dado porque não é correcto para o seu género sexual... Aconteceu-me a mim... Pedi uma pista de carros por volta dos 10 anos e não me foi dada, dizendo que era "para rapazes"...

 

Por isso, quando o meu filho pega numa das Barbies da irmã... deixo... Se não o tivesse deixado... não o teria visto a virar a Barbie ao contrário, abrir-lhe as pernas e beijá-la... aí mesmo, sim... :-D  Orgulho de qualquer pai, não?

 

Assim como brincarei com as pistas do meu filho e incentivarei a minha filha a brincar também... Posso mesmo acrescentar que estive para comprar uma para o Natal, para eu poder brincar com ela também!!! Mas aos 2 anos pareceu-me um pouco prematuro... ;-)

 

E podemos pensar na pressão que a sociedade exerce na demonstração das tendências sexuais... nos vários papéis sociais que desempenhamos... no primordial papel que é o de ser mulher ou homem... «um homem não chora»... «a mulher é como a sardinha... quer-se pequenina»... Enfim...

 

 

publicado por Trintona(inha) às 20:46
sinto-me:
música: The Corrs - Everybody Hurts

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