Considero-me uma trintona média, logo, representativa da Classe... mas posso estar enganada...

14
Dez 08

 

Serve este post para uma profunda (I wish!) reflexão sobre a influência, o poder da pressão exercida pela sociedade nos modelos sociais. Para o caso, nos papéis masculino/feminino no seio familiar, mas dá para extrapolar para uma série de outras coisas.

 

Ao fim de um dia de trabalho, vejo-me dentro de uma tenda de pano, de brincadeira, com os meus dois filhos. Na necessidade de os entreter por um bocado, porém, cansada, decido brincar "aos pais e às mães"... Imediatamente me deito e anuncio que eu sou o "pai", ela a "mãe" e ele o "filho". Distribuo nomes às personagens... e a primeira pergunta que faço à minha "esposa" é «e o jantar, já tá ou não?!»

 

E, para meu próprio espanto, acrescento... «passei pela tasca, bebi umas bejecas e comi uma sandes de courato!!!»

 

Depois fico a pensar se tento remediar o que, em 20 segundos, "estraguei" ou tento mostrar uma brincadeira mais correcta da próxima vez. Fiquei tão envergonhada comigo própria... tão surpresa... que decidi deixar para depois.

 

Quantas vezes uma criança não pede aos pais um brinquedo "sexualmente oposto" e este lhes é negado? Mais grave... é-lhes explicado que não lhe é dado porque não é correcto para o seu género sexual... Aconteceu-me a mim... Pedi uma pista de carros por volta dos 10 anos e não me foi dada, dizendo que era "para rapazes"...

 

Por isso, quando o meu filho pega numa das Barbies da irmã... deixo... Se não o tivesse deixado... não o teria visto a virar a Barbie ao contrário, abrir-lhe as pernas e beijá-la... aí mesmo, sim... :-D  Orgulho de qualquer pai, não?

 

Assim como brincarei com as pistas do meu filho e incentivarei a minha filha a brincar também... Posso mesmo acrescentar que estive para comprar uma para o Natal, para eu poder brincar com ela também!!! Mas aos 2 anos pareceu-me um pouco prematuro... ;-)

 

E podemos pensar na pressão que a sociedade exerce na demonstração das tendências sexuais... nos vários papéis sociais que desempenhamos... no primordial papel que é o de ser mulher ou homem... «um homem não chora»... «a mulher é como a sardinha... quer-se pequenina»... Enfim...

 

 

publicado por Trintona(inha) às 20:46
música: The Corrs - Everybody Hurts
sinto-me:

5 comentários:
Dou-te um conselho que devias levar muito a sério:
Vai a uma tasca beber umas bejecas e comer uma sandes de courato. Mas vai mesmo.
E compra a pista. Não ligues às idades dos piquenos. É para ti, mesmo.
Quanto ao filho beijar "ali mesmo": orgulho de pai, concerteza, e de mãe, não? um filho que já sabe do que gostam as mulheres?




E vai à tasca. E compra a pista.
Miguel a 15 de Dezembro de 2008 às 14:08

Olá

"um conselho que devias levar muito a sério"
Estás já a pressupor que não levo a sério os teus conselhos!!!

À tasca não vou... desculpa. Cerveja não é mesmo comigo e não me importo com isso. Couratos nem cheirá-los. Mas ouvir as conversas dos homens é interessantíssimo. Mesmo.

Tenho que comprar a pista. :-D

Um filho que sabe intuitivamente do que gostam as mulheres... não havia de ser um orgulho? ;-) De todas as mães que assumem sem medos do que gostam!!!

Beijo!
Trintona(inha) a 15 de Dezembro de 2008 às 21:41

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