Considero-me uma trintona média, logo, representativa da Classe... mas posso estar enganada...

15
Dez 08

Em conversa com um amigo, oiço a frase que oiço tantas vezes proferida pelas mulheres: "estou sozinho por opção"...

 

Afinal... os homens também escolhem? Também preferem estar sós do que mal acompanhados? Parece que sim, muito embora eu não conheça assim tantos casos.

 

O que é que faz homens e mulheres estarem sós, procurando outras pessoas que sejam, de alguma forma, semelhantes a elas? E digo isto no sentido de uma pessoa com um interior "rico" que procura ter ao seu lado alguém, no mínimo, igualmente interessante. Porque já conheci casos em que se reconhece, à distância, o padrão de escolher pessoas que não lhes façam sombra... Homens e mulheres...

 

Tenho conhecimento de mulheres muito interessantes que estão sós, e dizem (sim, eu sei, às vezes é só conversa) que apenas se dispõem a sair do estatuto de solitárias se conhecerem alguém que mereça esse "esforço". E conheço alguns (sim, alguns, poucos, mas creio que devem existir muitos mais) igualmente interessantes, que dizem o mesmo. Às vezes imagino formas de os pôr em contacto. E não me digam para dar os números um ao outro, ou combinar jantares ou saídas, que acho que isso nunca funciona... Será que estas almas nunca se encontram? Não percebem as potencialidade uns dos outros?

 

Ocorre-me também a questão de que só se conhece a pessoa depois de se "investir" algum tempo nela. Está aqui um dos catch's? Ainda hoje estive a tentar apoiar uma pessoa que se sente deprimida por estar só. Mas será que depois do trabalho, de dormir, de curtir os filhos, de cuidar da casa, nem que seja o essencial... sobra tempo para arejar a cabeça - essencial - e conhecer outras potenciais pessoas interessantes?

 

Estar só, por opção, pode ser delicioso. Difícil de explicar ao mundo que nos rodeia, quando queremos ir por aí... mas muito bom. Traz-nos uma calma interior, uma plenitude, uma sensação de felicidade que poucas outras coisas nos trarão. Penso que a sociedade, ainda hoje, nos "empurra" para as relações. Acredito que um pouco menos hoje, mas ainda está tudo muito dividido entre "os casais" e os "sozinhos"... Quem duvida... arranje-se bem, vá ao cinema, shopping ou equivalente mais perto (só, claro está) e observe os olhares esquisitos com que apanha e as situações que só fazem sentido a dois...

 

E afinal... os homens procuram mesmo quem os complete... ou é treta para levar as mulheres para a cama? Se é... uma nota... pensem lá... isso funciona? e nós ainda precisamos de "ser enganadas"?

 

publicado por Trintona(inha) às 21:43
sinto-me: Especialmente pensante, hoje!
música: Ritual Tejo - Foram cardos, foram prosas

15 comentários:
Querida,
Nestas coisas acho sempre que quem usa mesmo são as mulheres (na cama).
Agora a sério. Evidente que procuram não procuramos todos?

Beijinhos
Marta a 16 de Dezembro de 2008 às 11:28

Olá!

Oh... perdi-me... o que é que as mulheres usam sempre, na cama?

Às vezes tenho grandes dúvidas que os homens procurem quem os complete. Procuram quem lhes facilite a vida, seja de que forma for, isso é que depende do homem...

E será que todas as mulheres procuram "quem as complete"? Realmente? Falar é fácil... que os nossos actos correspondam às nossas palavras é que é mais duro...

Beijos!


"ou é treta para levar as mulheres para a cama?" acho que muitas vezes eles pensam que a decisão é deles mas na maioria das vezes é nossa.


Quanto ao resto minha querida acho que depende de pessoa para pessoa.

Beijinhos
Marta a 16 de Dezembro de 2008 às 23:01

Olá

Ah! Ok... Loira!!! :-D

Bom, concordo plenamente. Mas, por acaso, penso que é uma realidade bem aceite pelos dois lados. Na generalidade, a minha percepção é que eles sabem que se vai haver sexo ou não está nas nossas mãos. Até porque, por eles, haveria em 99% das situações. O 1% é reservado para os Deuses Gregos que são tão bons, tão bons, que se dão ao luxo de escolher e para os impotentes cardíacos que não podem tomar Viagra. Passe a publicidade. :)

Beijos!
Trintona(inha) a 16 de Dezembro de 2008 às 23:06

O Homem é um animal social, precisa de estar com outros seres iguais, senão, ou é um Deus ou uma Besta.
Não sei que pensador disse tal frase, mas é das mais verdadeiras que se podem encontrar.

Uma pessoa estar sózinha, mesmo sózinha, por opção, não é mais do que a opção menos má. É a célebre "mais vale só do que mal acompanhado".

Sempre fui rotulado de solitário, mas apenas, e desde sempre, só gosto de estar sózinho quando vou à sanita. A introspecção só a faço quando não estou acompanhado, para não ser mal educado.

Claro que se ninguém quisesse a minha companhia, certamente diria que estou assim por escolha minha. Mas estaria a mentir.
É que nem sou um Deus nem me considero uma Besta.
Miguel a 16 de Dezembro de 2008 às 13:45

Oi

"Uma pessoa estar sózinha, mesmo sózinha, por opção, não é mais do que a opção menos má"

Permite-me acrescentar... é uma opção para a qual é preciso uma série de requisitos de peso.

Senão vejamos: tem de se ser uma pessoa independente. Uma pessoa que sabe cuidar de si, do sítio onde mora, das suas coisas. A solo. Tem de ser uma pessoa que não tem medo de estar sozinha consigo própria... e conheço muitas pessoas assim... Tem de se ser uma pessoa um pouco especial, à luz do que se vê por aí nos dias de hoje...

Beijos!

Trintona(inha) a 16 de Dezembro de 2008 às 22:42

Ora aqui está mais um tema interessante.

Estar sozinho por opção. Temporariamente pode de facto ser uma opção, não creio que o seja a médio/longo prazo. A não ser que … não exista outra opção.

Sim, escolhemos. Tive fases da minha vida em mais novo em que claramente optei por isso. Pura e simplesmente não tinha paciência para estar mal acompanhado. Até o sexo, essa prenda divinal, essa funcionalidade fantástica com que nascemos, me sabia mal, se não realizado com alguém minimamente interessante. É obviamente uma opção/vicissitude tramada.

Parece-me que fomos feitos para acasalar. Parece-me também que existe por aí tanta, mas tanta gente tão desiludida com os casamentos e relacionamentos falhados, os casamentos/relacionamentos que se mantém presos por arames, os pares de cornos, na essência o estarmo-nos tanto a borrifar uns para os outros que me parece que vivemos duas situações extremas:
- uma em que as pessoas preferem estar sozinhas. Não têm paciência para aturar malta desinteressante (seja lá o que isso seja). É duro.
- outras que vão a todas e ou entram numa que estão por tudo ou então criam expectativas e desilusões em catadupa. Também é lixado.

Claro que tem que se investir para se conhecer alguém. Não sei onde li que somos os maiores mentirosos na aproximação/início da relação. Depois vamo-nos revelando e inevitavelmente acabamos por pensar “onde é que já vi/ouvi isto?”.

Não me parece que seja a sociedade que nos empurra para as relações. Penso até que neste momento nos empurra para a separação, divórcio, egoísmo, etc…
O que nos empurra para as relações são as hormonitas, a vontade de amar e ser amado, etc…

É óbvio que os homens precisam tanto de quem os complete como as mulheres.
A cama faz parte desse processo de “completamento”.

Beijos e uma boas semana neste nosso mundozito cada vez mais animado.
executivo_chanfrado a 16 de Dezembro de 2008 às 15:43

Vai acentar tijolo.ehhehehehh

És excepção como em BARRANCOS. eheheheheh

Se calhar em algum sitio.ehehheheheheh

Deixa-te de “armansos”, dedica-te à pesca....

Podes ser homem com uma mulher mesmo sem cama....como eram os austrolopitecos .ehehehheheeh
queremosajudar a 16 de Dezembro de 2008 às 21:01


Quereis clarificar o vosso comentário?

:-D
Trintona(inha) a 16 de Dezembro de 2008 às 22:44

Olá

Talvez precisasse de clarificar o que é, para mim, «estar sozinho por opção». Mas demora e hoje já não me apetece... é tarde...

Somos animais sociais. Sem dúvida. Uns mais, outros menos, mas penso que não conseguimos estar muito tempo sem alguém a quem amarmos. Excepção para os padres e as freiras (alguns, não sei se muitos, se poucos!!!). Posto isto, penso que sim, que é uma postura a adoptar por um prazo não muito longo.

Também concordo que fomos programados biologicamente para o sexo. Se assim não fosse, estaríamos extintos. Há muita gente desiludida, sim. Eu já pertenci, ou ainda pertenço à lista. Não sei bem.
Já estive na fase de não ter pachorra para gente desinteressante. Ainda não cheguei à fase de ir a todas e criar expectativas por tudo e por nada. Devo estar em trânsito. ;-)

Não querendo ser convencida, eu escrevi algures neste blog sobre esse tema: «somos os maiores mentirosos na aproximação/início da relação”»...

Por último... não achas que é possível que a mesma sociedade que nos empurra para as relações nos empurra também para a separação, divórcio e egoísmo?

Que me desculpe quem acredita nisso, mas um casal onde o sexo não funciona, não será casal por muito tempo... Por isso acho que não é só um “completamento”, é uma parte essencial num relacionamento... No entanto, o oposto não se verifica. Ou seja, num casal onde o sexo é fenomenal mas o relacionamento fora desta área não é famoso, também não deverá ter um destino muito bom...

Beijos!

Olá
É, o “estar sozinho” já é um conceito diferente de pessoa para pessoa. Para uns pode de facto ser “estar sozinho” enquanto que para outros pode ser estar acompanhado de muitas pessoas, estando sozinho. Pelo meio fica todo um “range”. Filosofia de ponta…
Padres e freiras? Não sei. Acho que muitíssimos poucos. A natureza fala mais alto e há coisas que Deus não consegue de forma nenhuma fornecer… Eu por mim, como sou ateu…
Foste tu que escreveste? Sabia que tinha lido algures sem saber exactamente onde. E reitero-te toda a razão nesse escrito.
Não me exprimi bem. Das minhas observações pessoais e dos feed backs que recebo dos meus amigos (homens) divorciados ou solteiros (todos nos very late thirties e early forties), verifico que, nomeadamente do lado das mulheres, o paradigma vigente até à umas décadas do quero mas é casar e ter uma familiazinha está um pouco furado. Nesse sentido penso que a nossa sociedade está não só a afastar-nos do modelo de família tradicional, com filhos, etc mas também a empurrar-nos para as separações, etc… Na verdadeira essência até existirão mais relacionamentos, mas mais fugazes e com menos frutos (pelo menos a crer nos meus amigos.. e eu constato). Um bocado confuso isto aqui atrás.
Quanto ao sexo, é pura e simplesmente a melhor coisa que existe ao cimo da terra. Há portanto que tentar aproveitar o melhor possível.
Tem um bom dia
Beijo
executivo_chanfrado a 17 de Dezembro de 2008 às 11:50

Olá

O que se está a assistir nos dias de hoje é um espantoso aumento da "monogamia em série", quando chega a ser monogamia... Não sei se é negativo ou não. Mais um tema para post... Quando o amor, a paixão e o bom sexo acaba, vale a pena continuar com aquela pessoa? Como eu oiço, para não envelhecer sozinho? A minha opinião, neste momento, é NÃO! Mas posso mudar de ideias, não sei. Penhorei a bola de cristal. :-D

Sexo é simplesmente a melhor coisa ao cimo da terra? Eu diria uma das!!! Felizmente há muitas outras tão boas como! Não?

Beijos!

Ora aí está de facto mais um bom tema de dissertação.
Quando tudo isso acaba não vale de facto a pena continuar. Para não envelhecer sozinho? Na prática quando tudo isso acaba já se está sozinho.
Acho que o bom sexo é de facto a melhor coisa ao cimo da terra. Não tenho disponibilidade para discorrer sobre o tema e arriscava-me a entrar por trilhos que não desejo tornar públicos.
É claro que existem muitas coisas boas, verdadeiramente fantásticas por aí mas esta tem um “tok” especial.
Respondendo ao Miguel, parece-me que a sociedade, na forma como está organizada hoje, nos empurra cada vez mais para o individualismo, a busca do “sucesso” individual (que pelos parâmetros actuais são bens de consumo, bens de consumo trazem gaijas/gaijos, numa palavra “amigos”, desbunda e por aí a fora), etc, etc…
Atenção, eu não tenho nada contra a desbunda, continuo a desbundar nos “forties”… a desbunda é que é diferente. Gosto desta palavra – desbunda!
A falta de perspectivas para os jovens e não jovens, a profunda insegurança laboral (pareço um sindicalista e tou no lado oposto…) e por aí fora impele-nos (a todos) para um cada vez maior “who cares?”
O que referes no último parágrafo parece-me mais uma utopia ou então um raríssimo caso de “almas gemêas”.
Bem, isto aqui para trás tá um bocado confuso…como o meu nick indica o tempo escasseia e não me posso estender mais.
Beijos
executivo_chanfrado a 18 de Dezembro de 2008 às 11:55

Tenho pena dos casais que vivem com pouco ou nenhum sexo.
Mas tenho mais pena dos que não sobrevivem por causa da míngua ou mesmo da ausência de sexo.

Tudo na vida tem fases. E há fases em que, por carência de algo, damos mais importância ao que está a faltar. Passa-se então a outra fase, em que aquela carência acaba. E assim sucessivamente.

Não é a sociedade que nos empurra para a separação. É a falta de paciência, o pânico que se sente quando se vivem ou se avizinham sacrifícios.

O que não mata torna-nos mais fortes, segundo dizem. Imaginem a força de um casamento/união que resistiu à falta de dinheiro, à falta de sexo, à falta de filhos, à falta de empregos...
Caramba, se houver amor, não valerá a pena esperar para viver uma relação que a tudo resistiu?
Miguel a 17 de Dezembro de 2008 às 13:13

Olá Miguel

Quando um casal vive um tempo determinado sem sexo por uma boa causa, como um parto, uma doença ou uma viagem, imaginemos, profissional, acho normal. É obviamente triste que acabe por isso. Mas quando um casal deixou de ter bom sexo, quando já teve, ou quando entre aquelas duas pessoas nunca funcionou bem essa área... Isto fez-me lembrar a música... Amor sem sexo é amizade...

Se houver amor. Essa é a frase-chave. Penso que vale. Se for verdadeiro e bilateral.

Beijos
Trintona(inha) a 17 de Dezembro de 2008 às 20:24

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