Considero-me uma trintona média, logo, representativa da Classe... mas posso estar enganada...

28
Dez 08

 

Costumo dizer muitas vezes que os homens da minha geração são "vítimas" de um desencontro de valores culturais.

 

Por um lado, tiveram como exemplo uma geração em que a maioria das mulheres não trabalhava fora de casa, e em que aí, compreensivelmente, faziam todas as tarefas domésticas sem um queixume. Se tiveram exemplos de mulheres que até trabalhavam fora de casa, era comum estas mulheres chegarem a casa, apressadas, a fazer o jantar, enquanto o «macho» se prostrava em frente à TV. Depois, comiam... e o macho voltava para o sofá. A fêmea, claro, ia "arrumar" a cozinha... Depois, dependia da idade dos filhos, mas o resto da noite ainda a podia contemplar com banhos, ajuda nos TPC's, preparar as mochilas para o dia a seguir, lanches... E depois, dependendo do nível de «compreensão»... ainda tinha de se fazer o «frete» para manter o macho afastado das outras fêmeas... ou não... isto leva à aceitação da infidelidade mas não quero ir para aí hoje...

 

Hoje em dia as mulheres estão cada vez mais exigentes. É a minha visão. O homem não deve «ajudar» em casa, as tarefas devem ser partilhadas, já que o são as responsabilidades laborais. Os banhos dos filhos não têm segredos, não há razão para que não sejam eles a dá-los. Casais em que a mulher fica em casa, na nossa sociedade, nos extractos socioeconómicos com que lido (e não são poucos), é raro. Se com dois ordenados não está fácil, imagine-se com um...

 

Bom, e então... os homens, parece-me, ficam baralhados. "Vou seguir o modelo dos meus pais e ficar aqui sentado... ou vou lavar a loiça, quiçá fazer o jantar? Naaaa, isso dá trabalho... e eu estou cansado... ela que faça... tomar conta dos miúdos não custa nada e o trabalho dela também não é assim tão cansativo"... A mulher faz, mas vai engolindo o sapo... mais um... depois entra em indigestão e começam a estalar as brigas...

 

Depois, às vezes, dependendo, como sempre, de uma imensidão de factores, vêem-se, mais ou menos de um momento para o outro, solteiros. Pois. Vítimas de um generation gap.

 

 

 

publicado por Trintona(inha) às 18:20
música: Alicia Keys - Superwoman
sinto-me: Bem!

22 comentários:
Oi

Talvez não me tenha explicado bem na questão da educação das crianças... A auto-estima é difícil de manter elevada... os miúdos recebem influências que dispensaríamos se pudessemos escolher, do grupo de pares, dos professores, dos miúdos mais velhos... tudo o que não precisam, é, como eu já vi, e só a título e exemplo, que a mãe lhes grite, enquanto estão de fato-de-banho e a entrar na piscina, com uns 15 kg a mais, por volta dos 10 anos: "Tás gordo, pá, faz dieta!!!"... Rebenta com qualquer auto-estima, não? E o papel dela nas escolhas alimentares do filho? Muito triste.

Beijo


Tens toda a razão. Mas o exemplo acima é uma autêntica “grunhice” E depois nunca trataria um filho meu por “pá”. Eles é que me corrigem quando me excedo na linguagem.
Beijo
executivo_chanfrado a 8 de Janeiro de 2009 às 23:10


Mas, meu caro... é o que temos nesta sociedade em que estamos inseridos, para o (pouco) bem e para o mal (muito? :-S)

Beijo
Trintona(inha) a 9 de Janeiro de 2009 às 20:31

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