Considero-me uma trintona média, logo, representativa da Classe... mas posso estar enganada...

11
Ago 09

 

É bom ter bons amigos. Bons amigos podem ser aqueles que perguntam "Estás bem?" e se nós respondemos "Óptima" com umas olheiras até ao queixo e os olhos inchados, respeitam essa ausência de vontade de falar sobre o assunto. Ou podem ser aqueles que metem o dedo na ferida. É bom ter das duas opções. E é bom que a segunda opção seja um amigo mesmo.

 

O que se tem revelado ultimamente um amigo do segundo género fez-me uma das mais complicadas perguntas que me têm feito. Aliás, toda a gente resolveu fazer-me perguntas deste género ultimamente. Mas é bom. Para me fazerem pensar. Eu não digo que são amigos?!

 

"Sentes-te completa?"

 

Que pergunta. Sim, sou feliz. Tenho muitos momentos de felicidade, mesmo que esteja sozinha, a contemplar o mar, ou em casa, a arrumar algo, ou a ler um livro, ou a tomar um café numa das minhas esplanadas-vício. Se me sinto completa. Que raio de pergunta. Eu tento fugir, pergunto-lhe se ele se sente completo. Ele é mais forte do que eu pensava, diz-me que não mas não me deixa fugir à pergunta. "Ok, és feliz, mas sentes-te completa?"

 

Fiquei uns dias a pensar na questão, talvez não a querendo encarar de frente. E hoje, volta à carga. Pergunto-lhe o que é isso de ser completa mas dou-lhe a resposta. Tenho os filhos que sempre quis ter, tenho uma casa que adoro, tenho uma profissão que gosto de exercer e que está a tomar o rumo que sonhei para ela durante 12 anos, tenho um carro que não é nada de fantástico mas que não me deu problemas até hoje, tenho uma personalidade que me agrada, um corpo que aprendi a aceitar e a melhorar, bons amigos e amigas... Sei o que me falta para me sentir completa. Mas por um lado, acho que é impossível de obter. Por outro, custa-me abrir a boca e proferir as palavras em que tentei nem pensar durante tanto tempo: falta-me um verdadeiro companheiro de vida. E ele acrescenta: "Mereces alguém que te ajude nos momentos maus, que divida contigo os bons, que te ajude a criar os teus filhos, que te dê amor..."

 

Eu aceito. Aceito mas não acredito. E agora fico com vários problemas a braços.

 

O primeiro é o de não aceitar uma relação em que não há confiança. Vejo o meu passado, olho à minha volta, vejo as minhas amigas e colegas e não vejo um homem, um, capaz de respeitar, de ser leal, de ser fiel à "companheira de vida". O próprio que profere estas palavras está longe de o ser também.

 

O segundo é que, se aceito esta filosofia de vida para mim (e reparo que depois de consciencializar isto não me restará muita escolha) não tenho saída. Quero um "companheiro de vida" para mim. Não aceito um que não me seja leal. Não acredito em "companheiros de vida leais para sempre". Como faço?

 

O terceiro é que esta postura vai obrigar-me a repensar muito do que se passa na minha vida actual. O que até agora tem sido o suficiente vai deixar de ser. Mas não vai poder esticar até ser o que eu preciso. Segundo as palavras de dois bons amigos, o que eu mereço. Tinha o título do post guardado no meu email desde o dia 22 de Junho, que é um excerto de MSN. Sabia o que queria dizer mas não queria encarar os factos. Dói. Dá vontade de chorar. Era tão bom que os problemas simplesmente se afastassem e não me tentassem mais. Mas ia doer na mesma. Eu sabia no que me estava a meter. Não quis ver.

 

publicado por Trintona(inha) às 21:52
sinto-me: Triste...
música: Keane - Bend and break

Talvez não possamos arranjar alguém que nos mereça.
Talvez com sorte, olhando para o lado menos óbvio, descubramos uma pessoa que nos aprecie e, por isso, faça por merecer a nossa companhia.

Faz sentido? Deixar de procurar para que alguém bom nos encontre e se esforce por nós?

Fica atenta. Pode ser que essa pessoa ande à tua volta à espera que a vejas. Não andará em bico dos pés nem a esbracejar para te chamar a atenção. Porventura é alguém que apenas se limita a apanhar o papel que deixaste cair, que apresse ou atrase o passo para poder abrir-te a porta...
Miguel a 14 de Agosto de 2009 às 13:44


Uma pessoa que me aprecia e que faz por merecer a minha companhia merece-me. :)

Obrigada

Beijo
Trintona(inha) a 14 de Agosto de 2009 às 22:08

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