Já por várias vezes te descrevi como um barco. Um barco no qual estou, do qual não consigo sair, pelo que não tenho outra hipótese senão manter-me nele o melhor que conseguir.
Mas não consigo mais. Este barco não me leva onde eu quero, onde eu preciso de ir para me sentir feliz. Este barco já não me traz felicidade. Não quero mais. Quero sair!
Não acho justo apanhar outro barco já se seguida. Quero ir nadar um pouco. Nadar em águas quentes, límpidas, serenas, relaxar o meu corpo, cansado, tenso, dorido...
Mas ao mesmo tempo sei que substituir-te ia tornar tudo mais fácil. Talvez me desse forças para quando tu saires do porto e me quiseres fazer embarcar outra vez. E tenho outro problema, mais um: não é fácil arranjar uma embarcação assim. A fasquia foi colocada muito alta. E não é justo para o "substituto".
Quero ir para mar alto e deixar estes baixios perigosos...