Considero-me uma trintona média, logo, representativa da Classe... mas posso estar enganada...

10
Ago 10

 

 

Nos últimos dias tenho aberto esta página em que escrevo. Abro e fecho igual número de vezes, sem nada depositar. Tenho tanto para escrever, em jeito de diário... E não é que me falte o tempo, desta vez, falta-me a coragem.

 

A coragem, talvez, de desenterrar assuntos que estão guardadinhos na minha cabeça... e assim, penso eu, talvez não incomodem muito.

 

Mas eu já devia saber que eles saem... saem sempre, e normalmente, na pior altura possível. Assim sendo, talvez seja bom deixá-los sair agora.

 

O primeiro assunto que me aborrece é ainda, o de sempre. Claro que o pior (espero!) já passou... Creio poder dizer que já se passaram alguns dias sem me lembrar dele. É difícil não me lembrar, se passo algumas vezes por semana à sua porta, se oiço uma das nossas milhentas canções na rádio... Mas lembro-me de uma forma tranquila já. Não direi curada a 100%, mas muito tranquila, em paz comigo mesmo e com a resolução que tive de tomar. Porra. Os homens são tão bons em colocar-nos em posições que nos forçam a tomar uma atitude... Será que vos ensinam isso na escola, à parte?

 

O outro assunto que muito tem pesado nos meus pensamentos é o meu desencanto pela classe do XY. Um dia destes, tendo ficado sem opções disponíveis de entorpecer os neurónios (livro ficou no carro, mp3 em casa e telemóvel com leitor sem bateria), foi-me sugerido que mirasse em volta e me entretivesse com a paisagem. Centenas de homens e mancebos em calções, sungas e outros que tais e eu nem aí. Não sou eu, penso. Não sou, definitivamente, eu. Olho, vejo qualquer coisa digna de se olhar, e o pensamento é sempre o mesmo: "ou é mentecapto, ou é casado, ou é egocêntrico, ou diz «não gosto do comer salgado», ou não conduz, ou diz ser solteiro e mora com a mulher e os 5 filhos"... And so on...

 

Sinto-me desanimada. Quando as hormonas deviam andar ao máximo com este calor, eu não vejo a luz ao fim do túnel e não consigo aceitar a probabilidade matemática que tanto anuncio às outras solteiras à minha volta de que tem de haver, que, matematicamente, é uma certeza que existe, SIM, um homem capaz de receber tal nomenclatura, a uma distância razoável.

 

E digo para mim própria: "É uma fase, passa-te". E sei que estou a atravessar um período delicado, em que valores mais altos se levantaram e pus de parte assuntos relacionados com tal classe de género.

 

Mas custa.

 

Estou a menos de um mês de fazer anos. Não sei se deixar os 33 (afinal, até é uma idade engraçada de se dizer!) me vai fazer bem ou bem mal, mas talvez seja mais uma acha para a fogueira de não me sentir muito bem nesta pele, neste momento. Voltei ao paredão, voltei a sentir olhares gulosos, mas nem isso me animou à séria.

 

Posso dormir até que passe?

publicado por Trintona(inha) às 00:00
música: Sade - Smooth Operator
sinto-me: Sad

8 comentários:
Então, que é isso? Fui três semanas de férias e venho dar contigo nesse estado? Querem ver que não te posso largar por um bocadinho? Ai ai ai ai ai.
Vá lá, o dia 29 está quase aí...

Agora a sério: tiveste uma ou duas experiências más, mas saíste delas pelo teu próprio pé. E com dois brindes que devem ser o teu orgulho.
O que é que aprendeste? Que o amor cego é uma treta? Hum hum. Que até do que é mau se consegue tirar algo de bom? Hum hum. Que o que não nos mata nos torna mais fortes? Claro que sim.
Já olhaste à tua volta? Quantas mulheres da tua idade vês que tenham um trabalho de que gostem, que estejam a criar filhos e consigam fazer um up-grade na sua formação académica, que consigam manter um blog que em dois anos já recebeu mais de 30.000 visitas, que entretanto tenham passado por uma ou duas experiências extraordinárias, que consigam também curtir as amizades e uma boa praia...?
Não penses que é coisa pouca. Muitas, na tua idade, só com uma separação já andavam de rastos, e pior ainda se tivessem um ou dois filhos a seu cargo.
Tem calma contigo mesma. Faz como nas linhas de comboio: pára, escuta e olha (e espera, já agora).
Já uma vez te disse que o amor não se procura, Ele é que nos encontra. E se assim for, e pela experiência que já tens, não te deves esquecer é que não podes "amandar-te" logo de cabeça, às cegas.
Desculpa lá esta seca, mas então, que queres, ver-te assim deixa-me triste, porra.

Já agora, músicas recomendadas:
Don't cry for Louie - Vaya con Dios
Under pressure - Queen & David Bowie

e duas formas extraordinárias de falar sobre o Amor:
The Power of Love - Jennifer Rush
The Power of Love - Frankie Goes to Hollywood
e ainda:
Tonight is what it means to be young - Fire Inc.
Lavender - Marillion
Miguel a 23 de Agosto de 2010 às 08:01

:-)

Isto já foi a 10 de Agosto, M!!!

Estou um pouco melhor... :-)

Beijo e obrigada pela força!!!
Trintona(inha) a 24 de Agosto de 2010 às 09:20

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