Penso que, felizmente, me consegui afastar deste tema o suficiente, no blog. Porém, hoje, tive uma «discussão» com uma amiga, que muito me fez pensar sobre este assunto.
A estatística que eu lhe dei, na qual acredito fielmente, é que existem cerca de 0,01% de homens que são capazes de ser «fiéis». Ora, se somos cerca de 11 milhões, se nem metade são homens... Enfim... Muito mau... Depois temos os demasiado novos, os demasiado velhos... Os que são tão fisicamente não-atraentes que não têm essa hipótese...
Depois a palavra em si, «fidelidade»... Não gosto dela. Faz-me lembrar demasiado os cães. Esses sim, são fiéis. Os homens ou as muheres, podem ser «leais», quanto a mim. Porque até podem ter tido um caso, uma aventura, um flirt... Mas podem ter a honestidade e lealdade suficiente para chegarem à pessoa com quem assumiram o compromisso de viver uma vida a dois (não a três, quatro ou cinco... ou sei lá) e dizer o que se passou. Pelo contrário, a realidade que eu conheço é que o escondem com todas as forças.
E depois, porque é que continuamos a acreditar que o outro pode ser leal para connosco... Deve ser bem reconfortante pensar «Ah, sim, a pessoa com quem estou pertence aos 0,01%»... A incerteza é desconcertante, e creio que o nosso cérebro prefere imaginar um cenário tranquilizador, não o pior possível. Há jogos e exercícios muito engraçados que mostram isso mesmo... Que a nossa mente não consegue suportar o vazio, a incerteza, por isso «monta» um cenário muito próprio... se não, enlouqueceríamos...
Depois discutíamos a questão do tipo de relacionamento, do que se espera de cada um deles... Ela voltou a viver com um homem, coisa que eu não consigo conceber desejar neste momento... Ela não entende isso e acha que é apenas uma coisa, que me vai passar... Penso que deve haver um meio-termo... Entre sexo com quem calha e um namorado... Não há intermédio? Pois é esse intermédio que eu quero, pois não acredito em namorados fiéis/leais. E farta de ser leal a quem não o é para comigo estou eu farta...