Considero-me uma trintona média, logo, representativa da Classe... mas posso estar enganada...

07
Ago 08

Penso que, felizmente, me consegui afastar deste tema o suficiente, no blog. Porém, hoje, tive uma «discussão» com uma amiga, que muito me fez pensar sobre este assunto.

 

A estatística que eu lhe dei, na qual acredito fielmente, é que existem cerca de 0,01% de homens que são capazes de ser «fiéis». Ora, se somos cerca de 11 milhões, se nem metade são homens... Enfim... Muito mau... Depois temos os demasiado novos, os demasiado velhos... Os que são tão fisicamente não-atraentes que não têm essa hipótese...

 

Depois a palavra em si, «fidelidade»... Não gosto dela. Faz-me lembrar demasiado os cães. Esses sim, são fiéis. Os homens ou as muheres, podem ser «leais», quanto a mim. Porque até podem ter tido um caso, uma aventura, um flirt... Mas podem ter a honestidade e lealdade suficiente para chegarem à pessoa com quem assumiram o compromisso de viver uma vida a dois (não a três, quatro ou cinco... ou sei lá) e dizer o que se passou. Pelo contrário, a realidade que eu conheço é que o escondem com todas as forças.

 

E depois, porque é que continuamos a acreditar que o outro pode ser leal para connosco... Deve ser bem reconfortante pensar «Ah, sim, a pessoa com quem estou pertence aos 0,01%»... A incerteza é desconcertante, e creio que o nosso cérebro prefere imaginar um cenário tranquilizador, não o pior possível. Há jogos e exercícios muito engraçados que mostram isso mesmo... Que a nossa mente não consegue suportar o vazio, a incerteza, por isso «monta» um cenário muito próprio... se não, enlouqueceríamos...

 

Depois discutíamos a questão do tipo de relacionamento, do que se espera de cada um deles... Ela voltou a viver com um homem, coisa que eu não consigo conceber desejar neste momento... Ela não entende isso e acha que é apenas uma coisa, que me vai passar... Penso que deve haver um meio-termo... Entre sexo com quem calha e um namorado... Não há intermédio? Pois é esse intermédio que eu quero, pois não acredito em namorados fiéis/leais. E farta de ser leal a quem não o é para comigo estou eu farta...

publicado por Trintona(inha) às 22:06
música: Hoje nada...
sinto-me: Desconcertada!

9 comentários:
Precisamente, concordo plenamente. mais, acho sinceramente que o desconcertante não é a traição ou infidelidade em si. Se essa acontecer, então todos nós, com a personalidade que nos caracteriza agimos, conforme a nossa consciência o ditar. Há quem perdoe e há quem não o faça. Porém, quando a incerteza e a dúvida se instala, essa sim pode destruir o que levou anos a construir. Eu sou homem, como qualquer outro, reajo a estímulos visuais, mais até que sinestésicos, no entanto todos somos racionais. Estou casado há pouco mais que um ano, mas enfim não me vejo nunca a trair a minha mulher. mais que trair um corpo, estaria a trair uma pessoa, uma confiança, uma amizade (sim, porque a minha mulher, é também a minha melhor amiga) e tudo mais que se construiu em anos de convivio. E depois? Depois da traição e da confissão? O que vem, admitindo que ela perdoava ( o que eu sei que não o fazia)? Uma vida de incerteza, desconfiança e descrédito? Não é isso que quero para mi, nem o exemplo que quero dar à minha filha. Não sei se sou um dos 0,01%, o que sei é que sou eu.

oshomensescrevemalapis.blogs.sapo.pt
r.g. a 1 de Setembro de 2008 às 14:10

Olá Ricardo

Depois de ler o teu comentário, fiquei contente. O primeiro sentimento foi realmente esse. Felicidade em que este tipo de pessoa exista. Ainda que não seja o meu... Fico contente em saber que há (algumas) mulheres que realmente têm um companheiro digno desse nome. Parabéns.

Foi precisamente pela minha filha que eu decidi pôr um ponto final na relação que tinha. Porque não quero nunca ver ou sequer pressentir que ela tem o mesmo tipo de relação com quem quer que seja no futuro dela. E não se pense que eu lhe falo mal dos homens. Não sei se vou ter a coragem necessária para não lhe transmitir o meu pessimismo, mas vou fazer o meu melhor. Porque quero que ela (e o irmão também, claro) seja feliz.

Parabéns e felicidades para a tua família.

Bjs
Trintona(inha) a 2 de Setembro de 2008 às 19:41

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