Tenho um ex que vacila entre uma relação civilizada e um rol de "insultos". Tudo relacionado com a forma como ele "me" sustenta, porque a juíza concordou com o valor que eu sugeri e não com o dele. Gostava um dia que ele me explicasse como é que ele propunha que eu criasse os meninos com aquele valor, participação dele. Mas adiante. As PSP, as Wii, o smart phone e o Dodge Journey são muito mais importantes que os filhos.
Tenho uma actual-do-ex que acha que o banho diário é imprescindível, lavar os dentes não. Vestir roupas lavadas todos os dias (incluindo calças de ganga, Deus a livre de usar umas calças de ganga duas vezes sem lavar!) mas comer fruta ou sopa pode ser só nos dias especiais. Leia-se Natal e aniversários. Ah, não, espera, isso é dia de doces. Ah, ok, não faz mal. Não comem.
Tenho encarado estas pequenas questões pensando que é o meu castigo em ter escolhido este homem para pai dos meus filhos. O problema é que os meus filhos também sofrem com esta minha escolha...
Mas ontem pensei numa nova forma de encarar esta questão. Uma forma de não ficar com o dia estragado quando recebo um SMS, um mail ou uma chamada com conversa completamente desnecessária sobre as minhas finanças, a minha capacidade maternal ou as minhas escolhas: eles só me tentam atingir porque sentem alguma coisa em relação a mim. Se sentissem a mesma indiferença que eu sinto em relação a eles, nem se lembravam que eu existo e não sentiam necessidade de me atingir. Inveja? Talvez... Dizem que dói...