Considero-me uma trintona média, logo, representativa da Classe... mas posso estar enganada...

30
Ago 11

 

Tenho um ex que vacila entre uma relação civilizada e um rol de "insultos". Tudo relacionado com a forma como ele "me" sustenta, porque a juíza concordou com o valor que eu sugeri e não com o dele. Gostava um dia que ele me explicasse como é que ele propunha que eu criasse os meninos com aquele valor, participação dele. Mas adiante. As PSP, as Wii, o smart phone e o Dodge Journey são muito mais importantes que os filhos.

 

Tenho uma actual-do-ex que acha que o banho diário é imprescindível, lavar os dentes não. Vestir roupas lavadas todos os dias (incluindo calças de ganga, Deus a livre de usar umas calças de ganga duas vezes sem lavar!) mas comer fruta ou sopa pode ser só nos dias especiais. Leia-se Natal e aniversários. Ah, não, espera, isso é dia de doces. Ah, ok, não faz mal. Não comem.

 

Tenho encarado estas pequenas questões pensando que é o meu castigo em ter escolhido este homem para pai dos meus filhos. O problema é que os meus filhos também sofrem com esta minha escolha...

 

Mas ontem pensei numa nova forma de encarar esta questão. Uma forma de não ficar com o dia estragado quando recebo um SMS, um mail ou uma chamada com conversa completamente desnecessária sobre as minhas finanças, a minha capacidade maternal ou as minhas escolhas: eles só me tentam atingir porque sentem alguma coisa em relação a mim. Se sentissem a mesma indiferença que eu sinto em relação a eles, nem se lembravam que eu existo e não sentiam necessidade de me atingir. Inveja? Talvez... Dizem que dói...

 

publicado por Trintona(inha) às 10:18

10
Mai 11

 

Se há coisas que me perturbam, a discriminação de géneros é uma delas.

 

Quando aplicada aos meus filhos, perturba-me profundamente.

 

Comecei o dia a refilar com um colega que se armou em palhaço e levou para o trabalho balões daqueles de fazer figuras. Fez uma flor, deu a uma colega e disse que era para a filha... fez uma espada e deu a outra colega, para o filho... Que coisa!

 

Há alguns anos, quando a minha filha descobriu que tinha órgãos sexuais, foi recriminada e chamada de "porca" pela avó. Hoje, ele fez a mesma descoberta, tendo sido quase elogiado. Nós mulheres é que fazemos isto a nós próprias. É verdade que há culturas que fazem bem pior, mas acho que há um longo caminho a percorrer!!!

 

MULHERES, ACORDEM!

publicado por Trintona(inha) às 22:31

10
Mar 10

 

O mundo mudou. Ainda me lembro de ter estado à espera quatro anos para colocarem um telefone fixo na casa dos meus pais, lembro-me do primeiro filme que vi em DVD - o Top Gun, lembro-me de receber da minha prima cassetes de música gravada da rádio. Ainda sou do tempo em que as cozinhas não tinham micro-ondas, os miúdos não tinham telemóvel e não existia o Facebook, o MSN, o e-mail ou os jogos on-line. E reparem, ainda não tenho 35 anos.

 

Don't get me wrong, eu adoro tecnologia. Eu uso o homebanking, eu aposto nos jogos da santa casa on-line, não há dia em que não ligue o MSN ou que não vejo o que os meus amigos andam a fazer no Facebook. Sim, até já tive uma quinta. Mas há muito que não sei o que se passa lá - condicionalismos temporais.

 

Mas... estar numa aula e o professor parar para atender o telemóvel... é o quê? E se forem quatro vezes em 3 horas? É respeito pelos alunos? Dá-nos o direito de fazermos o mesmo? Penso que a regra de pôr o telemóvel no silêncio quando se está num restaurante já não se usa. Pois se as pessoas até colocam os telemóveis em cima da mesa para os ouvirem melhor! E ainda se fosse por motivos urgentes... Mas não é. Será que os professores dos nossos filhos também atendem telemóveis na aula?

 

Isto é uma coisa menor, bem menor quando comparada com o que se passa na nossa sociedade ao nível dos valores. Faz o que eu digo, mas não faças o que eu faço. Come a sopa, come os legumes, come a fruta e não faças como eu que me afogo em fast-food. Será que alguém acredita que isto pega depois dos 5, no máximo 6 anos de idade?

 

 

publicado por Trintona(inha) às 23:12
música: Linger - The Cranberries
sinto-me: Provocadora

09
Mar 10

 

Tenho noção de que o post de hoje pode ser incómodo. Para uns, os que ainda não são pais/mães, vai passar completamente ao lado. E não, não vai versar o sexo.

 

Vinha a conduzir, a ouvir música e a pensar que porcaria ando a fazer com a minha vida, quando noto qualquer coisa estranha no "carro" à minha frente. E as aspas surgem porque não era um ligeiro comum, era uma daqueles carros de família, tipo monovolume, creio que é assim que se chama aquele tipo de carro. A "qualquer coisa estranha" era algo de estranho, pensei eu, nos primeiros segundos, num carro. Era um ecrã, enorme, brilhante. Ao pararmos na rotunda, apercebi-me de que era um ecrã de televisão, e deu inclusivamente para constatar que passava um filme, o "Cars".

 

Num segundo impulso pensei que não devia ser assim tão invulgar, afinal, creio que há várias marcas a colocar este tipo de equipamento de série, especialmente em carros direccionados para a família.

 

O ecrã está colocado atrás, a malta põe um filme, e a criançada vai atrás, feliz e... calada. Eu debato-me cá em casa com problemas relacionados com os tiranos que não me querem deixar ver o telejornal. Sim, temos mais do que uma televisão, mas creio que a solução também não passa por estar cada um a ver a sua programação. Se tivesse uma televisão no carro, acho que os meus filhos já não saberiam falar por esta altura. Sim, estou a ser retrógrada, estou a ser bota-de-elástico. Eu não tenho cabo. E de cada vez que pondero aderir, penso no Panda, no BabyTV e nos demais canais que passam programação "infantil". Se com os quatro canais básicos já tenho muitas vezes de me aborrecer para sair de casa...

 

Não digo que não encontre utilidade neste tipo de equipamento num carro numa viagem Lisboa-Porto, ou Lisboa-Algarve. Agora, no dia-a-dia, para ir buscar e levar à escola... Que filhos estamos a criar? Que pais estamos a ser? Ainda perguntamos como correu a escola? Sabemos os nomes dos amigos dos nossos filhos? Será que é a nós que os nossos filhos vão recorrer quando tiverem dúvidas sobre o amor, o sexo, a paixão, o corpo?

 

Para os que ainda vão a tempo... Não esperemos que eles cheguem à adolescência para lhes dizer que estamos à disposição para as dúvidas. Demonstremos-lhes diariamente que fazemos parte do grupo de pessoas neste mundo que mais os querem ver felizes. E que isso passa por estarmos realmente presentes para eles. Não só de corpo. Acima de tudo, de alma.

 

 

publicado por Trintona(inha) às 23:09
música: Alicia Keys/Jimmy Cozier - Mr. Man
sinto-me:
tags:

16
Fev 10

 

Não venho aqui escrever ao que me parece, há uma eternidade. Tanta água se passou debaixo das pontes.

 

A nível académico, a vontade de desistir veio, foi-se, voltou... e agora foi-se outra vez. Bons resultados, grande companheirismo das colegas de luta, apoios razoáveis... E pode ser que se ganhem mais umas mestras neste país.

 

A nível pessoal, consegui deixar aquele porto que tanto mal me andava a fazer, para entrar a bordo de uma embarcação que me faz tanto bem.

 

A nível familiar, tudo se mantém na mesma, o que é um excelente sinal...

 

Ao nível das minhas dúvidas existenciais, tudo permanece mais ou menos na mesma. Ainda ontem, ao pôr qualquer coisa na bagageira do carro, me lembrei de um excelente tema de debate aqui para o blog. Mas... já se sabe... não aponto... e nem os meus comprimidos me safam... :-P Prometo começar a apontar quando isto acontecer.

 

Beijos a todos (os 3 :-D)

 

 

 

 

 

publicado por Trintona(inha) às 22:10
música: Uprising - Muse
sinto-me: Gooooooooooooooooooooooood

15
Set 09

 

Conversa já ocorrida há algum tempo, mas que ando para aqui transcrever há muito:

 

"Mãe... posso perguntar uma coisa?"

 

"Sim..."

 

"Quando um menino gosta de nós...... somos obrigadas a namorar com ele?"

 

"Não, amor, se assim fosse estávamos bem tramadas..."

 

publicado por Trintona(inha) às 19:02
sinto-me: Bem!!!
música: O som da minha filha a jogar Sims :D
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27
Mar 09

 

Hoje partilho uma dica com mães de crianças pré-adolescentes.

 

Mães de todos os estados civis. Solteiras, separadas, divorciadas, viúvas, casadas, juntas. Porque uma das frases que os que convivem comigo mais ouvem é "Lá por olhar para a ementa não quer dizer que vá jantar".

 

Os nossos filhos, é sabido, de uma forma geral, não partilham connosco suficiente tempo de qualidade. Nós temos pouco tempo, todas sabemos disso. Mas meia-hora por dia, ou dia-sim-dia-não, pode parecer pouco, mas aos nossos filhos soará melhor do que um brinquedo novo. E, como mulheres que somos, sabemos bem onde podemos "roubar" essa meia-hora. Deixemos os lençóis por passar, ou passemos no super antes e compremos uma pizza (que é, sim senhor, uma comida saudável, desde que não seja todos os dias e tenha vegetais, como cogumelos, por exemplo).

 

Uma das actividades que proponho, e daí a parte inicial do post, é ver "desenhos animados" com a criançada. Mas não uns "desenhos animados" quaisquer, aos quais assitiremos, na maior parte das vezes, em suplício completo. São uns em particular: Vila Moleza, mais propriamente Sportacus. Bom para os miúdos, óptimo para nós. Antes, só na RTP2, agora também no Panda.

 

 

Ah! Válida também, penso eu, para pais bi ou homossexuais.

 

publicado por Trintona(inha) às 19:18
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28
Dez 08

 

Costumo dizer muitas vezes que os homens da minha geração são "vítimas" de um desencontro de valores culturais.

 

Por um lado, tiveram como exemplo uma geração em que a maioria das mulheres não trabalhava fora de casa, e em que aí, compreensivelmente, faziam todas as tarefas domésticas sem um queixume. Se tiveram exemplos de mulheres que até trabalhavam fora de casa, era comum estas mulheres chegarem a casa, apressadas, a fazer o jantar, enquanto o «macho» se prostrava em frente à TV. Depois, comiam... e o macho voltava para o sofá. A fêmea, claro, ia "arrumar" a cozinha... Depois, dependia da idade dos filhos, mas o resto da noite ainda a podia contemplar com banhos, ajuda nos TPC's, preparar as mochilas para o dia a seguir, lanches... E depois, dependendo do nível de «compreensão»... ainda tinha de se fazer o «frete» para manter o macho afastado das outras fêmeas... ou não... isto leva à aceitação da infidelidade mas não quero ir para aí hoje...

 

Hoje em dia as mulheres estão cada vez mais exigentes. É a minha visão. O homem não deve «ajudar» em casa, as tarefas devem ser partilhadas, já que o são as responsabilidades laborais. Os banhos dos filhos não têm segredos, não há razão para que não sejam eles a dá-los. Casais em que a mulher fica em casa, na nossa sociedade, nos extractos socioeconómicos com que lido (e não são poucos), é raro. Se com dois ordenados não está fácil, imagine-se com um...

 

Bom, e então... os homens, parece-me, ficam baralhados. "Vou seguir o modelo dos meus pais e ficar aqui sentado... ou vou lavar a loiça, quiçá fazer o jantar? Naaaa, isso dá trabalho... e eu estou cansado... ela que faça... tomar conta dos miúdos não custa nada e o trabalho dela também não é assim tão cansativo"... A mulher faz, mas vai engolindo o sapo... mais um... depois entra em indigestão e começam a estalar as brigas...

 

Depois, às vezes, dependendo, como sempre, de uma imensidão de factores, vêem-se, mais ou menos de um momento para o outro, solteiros. Pois. Vítimas de um generation gap.

 

 

 

publicado por Trintona(inha) às 18:20
música: Alicia Keys - Superwoman
sinto-me: Bem!

05
Out 08

 

For the record... Não recebi a mensagem desejada. Mas não estou triste com isso. Aprendi um pouquinho a ser paciente. Se amanhã também não receber, na terça vou ter oportunidade de dizer algo, ao vivo. Tenho que ir pensando no quê.

 

O fim-de-semana foi muito saboroso... Despedida de praia... Passeio pela zona histórica de Lisboa... As comprinhas da ordem... umas roupinhas também... ;-)

 

O dia hoje já vai longo... e amanhã a alvorada é bem cedinho... A inspiração hoje não vem, quem sabe o dia de amanhã não me reserva alguma surpresa bem gostosa e ela surge, no seu melhor...

 

Beijos!!!

 

 

publicado por Trintona(inha) às 21:50
sinto-me: Bem
música: António Variações - É p'ra amanhã

29
Set 08

Extrato da conversa com a minha filha, na casa-de-banho, há 2 minutos:

 

- Oh, mãe, puseste o retrato da senhora dentro do armário!

 

E por senhora, leia-se Monica Belucci. Imagine-se (ou veja-se no Google) a foto dela, no  anúncio DiorShow, Iconic...

 

- Sim, pus. Para me inspirar quando me maquilho de manhã.

 

- Então porque não compras as maquilhagens?

 

- As maquilhagens eu tenho. O difícil é pô-las assim...

 

- Pois.

 

- E também não sou parecida...

 

- És sim, mãe... Só tens a testa diferente!!!

 

 

publicado por Trintona(inha) às 21:09
sinto-me: UAU
música: Rolling Stones - (I Can't Get No) Satisfaction

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