Bom, onde há fumo, há fogo.
Quando se diz que uma mulher de trinta ou mais e um homem de vinte é explosivo, parece que é verdade... O que lhes pode faltar em experiência e know-how pode ser perfeitamente compensado com performance e vontade de aprender...
Bom, como já deu para perceber, uma das minhas saídas correu muito, muito bem... O vintinho era muito giro, apetecível... Sem conversa da treta, sem confusões, sem compromissos, sem complicações... Isto já parece o anúncio do Pingo Doce! Mas é mesmo assim. Penso que uma das vantagens desta faixa etária é mesmo essa. Um quarentão, por exemplo, ou é casado, ou é divorciado, ou solteirão... Ou está cheio de vícios, postos pelas ex-namoradas, pelas ex-mulheres ou pelas mamãs... Um vintinho está interessado na experiência e nada mais. A parte física correu muito bem, para já fiquei satisfeita (não, não estou a falar da parte sexual propriamente dita), mas será que, a longo prazo, é isto que quero?
Penso que não. Preciso de alguém que me saiba cortejar, alguém que saiba o que é dirty talk e que saiba aplicá-la na altura certa, com as frases certas (que isto não se ensina...), alguém que, quando me abraça, sinto que me protege contra tudo e todos. Mas depois, é precisamente esse tipo de homem que está comigo e com mais duas ou três ao mesmo tempo... E eu prometo a mim própria não ser assim, não ser leal a quem não o é para comigo, mas o primeiro pensamento é de, imaginando-me com alguém, pôr todos os outros de parte...
Porque é que eu sou assim? Será que não há homens interessantes e leais? É uma pergunta meramente retórica... Tenho 31 anos (quase 32 :-D). Mesmo que consideremos que só comecei a namorar aos 14, o que nem é bem verdade, são 17 a conhecer o sexo oposto. 17 anos de um conhecer homens (não todos por experiência própria, claro...) e todos eles não desperdiçam uma oportunidade. Isto quando não a procuram activamente...
Não sei que escolhas vou fazer no futuro. Se vou alguma vez sentir a necessidade de "estabilidade" pela qual muitas mulheres fecham os olhos ao que os maridos fazem. Para já não. Não estou disposta a ceder esse meu sossego. Não sei se encontrarei algum dia um homem que me agrade e que aceite, de bom grado, o que tenho para oferecer. Às vezes, penso que é pouco. Às vezes penso que, para alguns, é ouro sobre azul. Não sei. Ainda não encontrei o homem cujo perfil me faz desejar saber se lhe chega.
Continuo sem o número do Labrador. O favor deu azo a uma longa conversa, mas não se proporcionou troca de números. Soube mais alguns pormenores que mais me aguçaram o apetite. Se chegar a ser, é para ir com calma. Tem 43 anos, faz 44 vinte dias antes de mim... Casa própria, longe dos pais... Dá-me a sensação que está interessado, mas talvez não me queira afugentar... Afinal sempre tem mais 12 anos que eu... (Não, Miguel, gay não é, isso acho que eu conseguia detectar...) E claro, quando lá vou, estou sempre rodeada dos meus filhos, com a minha mãe...
O Rafeiro2 fez-me um convite, que não vou aceitar. O Rafeiro1 voltou a não dizer nada, um dia destes lembra-se, não sei se julga que estou à espera dele. Sinceramente, nem quero saber...
A minha amiga do peito (bom, dos dois...) voltou a sugerir um encontro. Se, por um lado, sinto curiosidade, por outro fico a imaginar o momento e penso que, a certa altura, vou sentir falta de qualquer coisa (não posso nomear, senão caio na pornoxaxada :-P)... Tive vontade de lhe perguntar se ela não sente, mas achei que seria muito atrevido. Talvez ainda esclareça essa minha dúvida.
O meu local de trabalho continua um deserto em termos de homens interessantes. Pode ser que, na próxima semana, a vida me reserve algumas surpresas...
Beijos
Trintinha