Voltei a estar sozinha.
Não sei se posso chamar-lhe "estar sozinha".
Em casa não estou sozinha, estou até bem acompanhada.
Emocionalmente não estou sozinha. Alguém me acompanha todos os minutos do meu dia. Acompanha-me sempre que toca uma das nossas (milhentas) músicas no rádio, no meu telemóvel, na televisão, no elevador do Shopping, no leitor de mp3 da colega... enfim. Acompanha-me de cada vez que alguém me pergunta como está a minha vida amorosa e eu me lembro dele. Como não me lembrar...
Daqui a poucos dias faz um ano que o conheci. Um ano de dias muito, muito, muito fantásticos. Muitos dos momentos que com ele passei fazem parte do meu Top20. Sim, porque eu também tenho um Top20 de momentos, tal como tenho de músicas. Mas não estou com ele. Por isso lhe chamo "estar sozinha".
Sozinha por opção. Sozinha porque não quero fazer parte da vida de ninguém que não ame como o amo a ele. Porque enquanto ele viver no meu peito, não vale a pena tentar amar outra pessoa. Ele é demasiado grande para deixar entrar mais alguém.
Não quero estar com mais ninguém e não posso estar com ele. Fico, como eu lhe chamo, em "terra de ninguém". E é aqui que entra uma das minhas frases de vida, esta vinda do Reiki: "Ao menos por hoje, não te preocupes". Porquê preocupar-me hoje com uma coisa que pode resolver-se amanhã? Ou para a semana, ou daqui a um ano?
Acredito que as pessoas passam pela vida umas das outras com um propósito. Sei qual é o dele na minha vida. Talvez seja só esse. Se assim o for, aceito com tranquilidade. Se for para algo mais grandioso, aqui estarei também.