Considero-me uma trintona média, logo, representativa da Classe... mas posso estar enganada...

13
Set 09

 

De há cerca de uma semana para cá, lembro-me dos meus sonhos. Desde o dia da morte do meu pai, e já lá vão quase 11 anos, consegui lembrar-me aí umas 3 vezes. Na última semana, chego a voltar para a cama à noite ainda com a memória do sonho da noite anterior. Um bom amigo diz-me que é resultado da estabilidade emocional que tenho vivido nos últimos tempos. Não sei se lhe chamaria isso, mas ok, aceito. Mudei a forma de ver muitas coisas e talvez seja isso que se modificou.

 

Mas ontem, voltei a não me lembrar de uma noite inteira de sonhos - há estudos que parecem mostrar que não sonhamos a noite toda, e afinal, também só dormi 4 horas... Mas lembro-me da primeira imagem que tive quando fechei os olhos. Tenebrosa, macabra, confusa, enigmática. Discutida com quem de direito (ou não, não tenho bem a certeza) traduz incerteza, dúvida, decisões e abandonos. Dito assim, até parece fazer sentido.

 

Não quero mudar nada na minha vida. Não quero ter de tomar decisões que afastam uns e aproximam outros. Só mexo em alguma destas coisas se for obrigada. E não quero ser obrigada a nada. Aliás, se há coisa à qual resisto com todas as forças que tenho (há quem diga que são bastantes) é a ser obrigada a fazer algo. Aconteceu poucas vezes na vida.

 

Quero voltar a lembrar-me dos sonhos da semana passada. Quero voltar aos sonhos com coisas normais, com cores normais, a ver o rosto das pessoas que gosto, nos meus sonhos.

 

Ao escrever isto, lembrei-me de uma conversa que tive com duas colegas de trabalho, sobre os sonhos, precisamente. Uma delas já sem nenhum dos pais vivo e a outra com ambos neste mundo. A que tinha os pais vivos ficou assustada com o facto de a terceira colega sonhar com frequência com a mãe, recentemente falecida. E eu, logo eu, Miss Céptica 1976/2009, explico com rapidez: "Sonhar com as pessoas queridas que já morreram é reconfortante... Permite-te vê-las, falar com elas, interagir com elas. Pode ser calmante até"...

 

Apetece-me adormecer já. Adormecer para não viver as próximas horas da minha vida. Adormecer para ver o meu pai. Adormecer para sonhar com coisas cor-de-rosa (ou lilases). Adormecer para sentir o beijo que espero há tantas horas...

publicado por Trintona(inha) às 18:37
sinto-me: Confusa
música: The Sound of Silence
tags:

11
Ago 09

 

É bom ter bons amigos. Bons amigos podem ser aqueles que perguntam "Estás bem?" e se nós respondemos "Óptima" com umas olheiras até ao queixo e os olhos inchados, respeitam essa ausência de vontade de falar sobre o assunto. Ou podem ser aqueles que metem o dedo na ferida. É bom ter das duas opções. E é bom que a segunda opção seja um amigo mesmo.

 

O que se tem revelado ultimamente um amigo do segundo género fez-me uma das mais complicadas perguntas que me têm feito. Aliás, toda a gente resolveu fazer-me perguntas deste género ultimamente. Mas é bom. Para me fazerem pensar. Eu não digo que são amigos?!

 

"Sentes-te completa?"

 

Que pergunta. Sim, sou feliz. Tenho muitos momentos de felicidade, mesmo que esteja sozinha, a contemplar o mar, ou em casa, a arrumar algo, ou a ler um livro, ou a tomar um café numa das minhas esplanadas-vício. Se me sinto completa. Que raio de pergunta. Eu tento fugir, pergunto-lhe se ele se sente completo. Ele é mais forte do que eu pensava, diz-me que não mas não me deixa fugir à pergunta. "Ok, és feliz, mas sentes-te completa?"

 

Fiquei uns dias a pensar na questão, talvez não a querendo encarar de frente. E hoje, volta à carga. Pergunto-lhe o que é isso de ser completa mas dou-lhe a resposta. Tenho os filhos que sempre quis ter, tenho uma casa que adoro, tenho uma profissão que gosto de exercer e que está a tomar o rumo que sonhei para ela durante 12 anos, tenho um carro que não é nada de fantástico mas que não me deu problemas até hoje, tenho uma personalidade que me agrada, um corpo que aprendi a aceitar e a melhorar, bons amigos e amigas... Sei o que me falta para me sentir completa. Mas por um lado, acho que é impossível de obter. Por outro, custa-me abrir a boca e proferir as palavras em que tentei nem pensar durante tanto tempo: falta-me um verdadeiro companheiro de vida. E ele acrescenta: "Mereces alguém que te ajude nos momentos maus, que divida contigo os bons, que te ajude a criar os teus filhos, que te dê amor..."

 

Eu aceito. Aceito mas não acredito. E agora fico com vários problemas a braços.

 

O primeiro é o de não aceitar uma relação em que não há confiança. Vejo o meu passado, olho à minha volta, vejo as minhas amigas e colegas e não vejo um homem, um, capaz de respeitar, de ser leal, de ser fiel à "companheira de vida". O próprio que profere estas palavras está longe de o ser também.

 

O segundo é que, se aceito esta filosofia de vida para mim (e reparo que depois de consciencializar isto não me restará muita escolha) não tenho saída. Quero um "companheiro de vida" para mim. Não aceito um que não me seja leal. Não acredito em "companheiros de vida leais para sempre". Como faço?

 

O terceiro é que esta postura vai obrigar-me a repensar muito do que se passa na minha vida actual. O que até agora tem sido o suficiente vai deixar de ser. Mas não vai poder esticar até ser o que eu preciso. Segundo as palavras de dois bons amigos, o que eu mereço. Tinha o título do post guardado no meu email desde o dia 22 de Junho, que é um excerto de MSN. Sabia o que queria dizer mas não queria encarar os factos. Dói. Dá vontade de chorar. Era tão bom que os problemas simplesmente se afastassem e não me tentassem mais. Mas ia doer na mesma. Eu sabia no que me estava a meter. Não quis ver.

 

publicado por Trintona(inha) às 21:52
sinto-me: Triste...
música: Keane - Bend and break

11
Jan 09

Hoje quero só deixar aqui três "coisas" num post só.

 

Uma é o motivo da falta de tempo para escrever um post em condições: hoje é a festa de aniversário da minha filha. :D

 

Outra é um pensamento que li há alguns dias e que me tem acompanhado: "Não sonhar é morrer em vida". Acho que não tenho sonhado o suficiente.

 

A última é um excerto de uma letra de uma canção que me foi "apresentada" por uma pessoa especial. Gosto especialmente de algumas passagens - "Kinda woman that want you but don’t need you"... Será que existem mesmo homens com arcaboiço suficiente para aguentar isso?

 

"Ooh, it's somethin’ about,
Just somethin’ about the way she move,
I can’t figure it out,
It's somethin’ about her,
(Say) Ooh, it's somethin’ about,
Kinda woman that want you but don’t need you,
(Hey) I can’t figure it out,
It's somethin’ about her.

‘Cause she walk like a boss,
Talk like a boss,
Manicure nails just set the pedicure off,
She’s fly effortlessly, (effortlessly)
An’ she move like a boss,
Do what a boss,
Do, she got me thinkin’ about gettin’ involved, (involved)
That’s the kinda girl I need, oh.

She got her own thing,
That’s why I love her,
Miss independent,
Won’t you come and spend a little time,
She got her own thing,
That’s why I love her,
Miss independent,
Ooh, the way we shine,
Miss independent, yeah.


Miss Independent, Ne-yo"

 

publicado por Trintona(inha) às 13:11
música: Miss Independent - Ne-Yo
sinto-me: Bem!

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