Fiz os 12 anos da minha instrução "básica" em 12 anos. Fiz o bacharelato em 1 ano. Fiz o ano para equivalência à licenciatura em 1 ano. Estou a oito semanas de acabar um mestrado de 2 anos em dois anos. Toda a minha vida trabalhei, desde os 20 anos de idade, já na profissão que tenho agora. No 12º ano, como a minha escola só o tinha à noite, fui trabalhar para um restaurante. Fez-me bem, cresci. Não fujo aos impostos. Vou perder subsídio de Natal e de férias, no supermercado pago mais 20% do que o ano passado, gasolina não se fala, EDP, água, gás upa upa.
Se fico com vontade de dar um estalo no focinho de uma miúda a quem os meus impostos já pagaram um aborto, lhe pagam a contracepção sempre que ela o deseje, e que me diz que quer engravidar aos 17 anos, não tem namorado mas que "namorado arranja-se"?!
Se me tenho de segurar quando me responde que as amigas da idade dela que têm filhos pequenos não trabalham, vivem "à conta" da Segurança Social?
Tenho. Tenho de fazer um esforço sobre-humano.
E continuo a achar que não sou eu que estou errada. É este facilitismo, que seria igual para quem cá nasceu, mas que existe também para quem está em Portugal há meia dúzia de meses e nunca contribuiu com um tostão para a Segurança Social que os sustenta.
Dá vontade de lhes bater. Aos que mamam e aos que inventaram este mamar.